A tornozeleira astrológica – Parte I: poderia Lula seguir o exemplo de Sócrates?
A tornozeleira astrológica – Parte I: poderia Lula seguir o exemplo de Sócrates?[1] Muito se lembra de Sócrates, o grego, que esteve preso e, inclusive, acabou morto no cárcere, enquanto há também aquele Sócrates, brasileiro, que teve papel destacado na democracia corintiana. Mas, ao nomeá-lo no título, tratamos mesmo é
A tornozeleira astrológica – Parte II: poderia Lula seguir o exemplo de Sócrates?
A tornozeleira astrológica – Parte II: poderia Lula seguir o exemplo de Sócrates? Dando sequência ao texto anterior[1], em que comparamos a situação de Lula à de Sócrates, o ex-primeiro-ministro português, avançamos no detalhamento da tese jurídica, tendo em conta a controvérsia estabelecida no meio jurídico nacional a respeito do
Palavreio, logo existo
Palavreio, logo existo Palavra Palavra que lavra que livra que leva Palavra que prova que priva que parla Palavra que parece que vale que vela Por essas almas parvas parlêtres que, sem ela, não são. Domingos Barroso da Costa O título deste texto faz jogo com o cogito ergo sum
Direito de quem e para quem?
Direito de quem e para quem? Em conversa com um amigo, este contava do diálogo com um superior em seus tempos de policial, quando, já há muito graduado em Direito, prestava outro concurso público. Segundo seu relato, havia acabado de ingressar em curso de formação para integrar os quadros de
Esses ésses
Esses ésses Singrando, sinuosas serpentes seguem, Sensuais, sua sina de seduzir. Sereias sibilantes insinuam-se e submergem sob o sol. Sem sentido, esses ésses me surrupiam o sono. Sou só um miserável sonhador. Sonhador insone, sonhando esses ésses. Sem saber se sonho ou se sono, Se sonho ou se sou. Esse
Parte Três – Pi Ulia Necras
Parte Três – Pi Ulia Necras Sibéria, 13 de dezembro de 2060. Andreiev Melochenko[1] Duas semanas depois daquela noite de pouca excitação, os americanos seguiam em ritmo militar pela trilha. A formação emudecida seguia em marcha pelo íngreme terreno. Mr. More quebrava o silêncio quando reclamava das rochas que se
Parte Dois – O Outro Monte
Parte Dois – O Outro Monte Sibéria, 13 de dezembro de 2060. Andreiev Melochenko[1] Era um tradicional domingo carioca. Praia e sol arrefeciam os anos de chumbo. Dois ébrios torcedores flamenguistas discutiam o potente chute do ‘nove’ Cláudio Adão e o pênalti cobrado por Tita, ambos defendidos pelo goleiro Mazzaropi
Parte Um – O Monte Roraima
Parte Um – O Monte Roraima Sibéria, 13 de dezembro de 2060. Andreiev Melochenko[1] Os quatro paraquedistas realizaram um salto noturno. O pouso ocorreu sem alterações, apesar da pouca visibilidade provocada pela neblina. A dificuldade do SLOp noturno denota uma ação executada por profissionais experientes. Os velames foram recolhidos e
Parte Zero – A Verdade Por Trás Da Verdade
Parte Zero – A Verdade Por Trás Da Verdade Sibéria, 13 de dezembro de 2060. Por Andreiev Melochenko[1] As informações coletadas foram obtidas depois do ajuizamento de inúmeras ações por intermédio da Freedom Of Information Act, o que permitiu o livre acesso a diversos relatórios confidenciais classificados como ultrassecretos, ainda
Manual prático de manipulação do ódio e da destruição
Manual prático de manipulação do ódio e da destruição Em termos psicanalíticos, toma-se o recalque como verdadeira garantia civilizatória. Noutras palavras, pode-se afirmar que os processos de recalcamento são a marca da civilização na subjetividade, na medida em que estabelecem os interditos que garantem o prosseguimento do trabalho de cultura,